Mudança Estratégica do BCE: Redução das Taxas de Juros com Alívio da Inflação e Incerteza Econômica

Com uma ação decisiva, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu novamente suas taxas de juros enquanto a inflação continua diminuindo, apesar da persistência de múltiplos desafios econômicos. Este é o segundo corte em 2024, reduzindo a taxa de depósito por 25 pontos base para 3,5%. Apesar das ações, a presidente do BCE, Christine Lagarde, salientou que as futuras decisões sobre as taxas de juros irão dependente fortemente dos próximos dados, destacando a incerteza presente no panorama econômico. Juntamente com a redução das taxas de juros, o BCE diminuiu suas projeções de crescimento, refletindo o enfraquecimento do consumo doméstico e a fragilidade do setor industrial. Apesar do alívio da pressão inflacionária sobre o crescimento salarial, os preços dos serviços permanecem elevados. Com mais reduções previstas para as taxas de juros em 2025, os analistas antecipam ajustes adicionais enquanto o BCE explora seu percurso delicado para a recuperação.

O Banco Central Europeu (BCE) reduziu suas taxas de juros pela segunda vez em 2024, diminuindo a taxa de depósito por 25 pontos base para 3,5%, enquanto a inflação se aproxima da meta de 2%. Apesar da redução, a presidente do BCE, Christine Lagarde enfatizou que o futuro das taxas de juros será dependente dos próximos dados econômicos, sem qualquer percurso predeterminado para novos cortes. O BCE também revisou suas projeções de crescimento, prevendo uma expansão econômica mais lenta até 2026, devido à redução do poder de compra e consumo das famílias, assim como pelos desafios enfrentados pelo setor industrial. O aumento nos preços dos serviços continua preocupante, apesar do alívio da pressão inflacionária sobre o crescimento salarial. Os analistas esperar novos cortes sobre as taxas de juros em 2025, com alguns prevendo uma taxa de depósito de 2% em meados de 2025.

No dia 12 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu sua taxa de facilidade permanente de depósito em 25 pontos base para 3,5%, como parte de seus esforços contínuos para moderar as normas restritivas de sua política monetária. A taxa de juros sobre as principais operações de refinanciamento também foi reduzida para 3,65%, com um corte da taxa sobre empréstimos para 3,90%. As alterações entram em vigor a partir de 18 de setembro, 2024.

A decisão do BCE foi influenciada pela atualização das projeções para a inflação, que permanece consistente com as previsões anteriores. É antecipada uma taxa média de inflação de 2,5% em 2024, 2,2% em 2025 e 1,9% em 2026, representando uma ligeira revisão para cima sobre a inflação de base em 2024 e 2025, devido à persistência da inflação elevada sobre os serviços.

Embora a inflação doméstica continue alta, devido aos aumentos salariais, as pressões sobre os custos de mão de obra estão diminuindo. O BCE também revisou sua projeção de crescimento econômico, ligeiramente para baixo, projetando um crescimento de 0,8% do PIB em 2024, 1,3% em 2025 e 1,5% em 2026. O banco central irá permanecer focado nos dados econômicos para ajustar suas taxas de juros, garantindo que a inflação regressa aos 2% a médio prazo.

Adicionalmente, o BCE confirmou alterações em seus programas de compras de ativos (APP), incluindo a desaceleração de reinvestimentos sob o programa de compras de emergência na pandemia (PEPP) até ao final de 2024. O Conselho do BCE continua preparado para ajustar suas ferramentas políticas para garantir a estabilidade dos preços e a transição suave de política monetária em toda a Zona do Euro.

No segundo trimestre, a economia cresceu em 0,2%, comparativamente a 0,3% no primeiro trimestre, ficando aquém das expectativas. Os principais fatores de crescimento incluem as exportações líquidas e despesas públicas, enquanto a demanda doméstica privada enfraqueceu devido à redução do consumo entre as famílias e dos investimentos das empresas. Os serviços contribuíram positivamente, mas os setores da manufatura e construção apresentaram um declínio. Apesar dos desafios, a recuperação é uma possibilidade iminente, devido ao aumento salarial e subida do volume de exportações globais.
O mercado de trabalho permanece estável, com a taxa de desemprego nos 6,4%, embora o crescimento no emprego tenha diminuído para 0,2%. Os dados da pesquisa sugerem maior moderação na demanda laboral, projetando níveis pré-pandémicos no número de ofertas de trabalho.

Após atingir uma máxima de 1,12000, o gráfico do EURUSD demonstrou sinais de enfraquecimento, quando os touros foram incapazes de manter o ímpeto (momentum) positivo. O gráfico apresentou a formação de um padrão de reversão bearish, conhecido como “Bearish Tower” (“Torre Bearish”), seguido por um “failure swing” onde o topo do movimento nos 1,11539 não ultrapassou a máxima anterior. Os preços caíram abaixo do fundo do swing de 1,10251, assinalando um sentimento bearish. Os indicadores técnicos, incluindo a Média Móvel Exponencial (EMA) de 202 períodos, o Oscilador de Ímpeto (Momentum) e o Índice de Força Relativa (RSI), suportam esta previsão, com os preços abaixo dos principais níveis de referência. Utilizando a Retração de Fibonacci, prevemos níveis de suporte nos 1,09470, 1,08167 e 1,06083.

A decisão do Banco Central Europeu em reduzir suas taxas de juros pela segunda vez em 2024 reflete seus esforços contínuos para lidar com o alívio da inflação e desafios econômicos. Os próximos cortes sobre as taxas de juros irão depender imenso dos dados obtidos, portanto, o BCE permanece cauteloso perante as perspectivas econômicas, especialmente devido ao crescimento mais lento e aumentos persistentes sobre os preços dos serviços. Enquanto o banco central explora novas formas de mitigar os problemas existentes, os analistas antecipam cortes adicionais em 2025, com o objetivo de estabilizar a inflação e promover a recuperação econômica na Zona do Euro.