A recente decisão da Reserva Federal, que resultou em um corte de meio ponto percentual sobre sua taxa de referência, agitou significativamente os mercados, impulsionando o S&P 500 para novas máximas históricas e fortalecendo as ações globais. Os investidores acreditam que esta mudança irá fortalecer a saúde econômica dos Estados Unidos, especialmente após sinais positivos que atenuaram o receio de uma possível recessão, como os números de vendas no varejo que excederam todas as expectativas.
No entanto, não vamos jogar fora toda a prudência e sensatez. O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, indicou que não devemos aguardar por reduções tão agressivas em breve, influenciando alguns traders a “vender a notícia” após o rally inicial. Mesmo com o ligeiro recuo, vários analistas permanecem otimistas, apontando para fortes indicadores técnicos e alvos de preço que sugerem a escalada contínua do S&P 500.
Corte da FED despertou um rally breve, mas o receito provocou uma retração no mercado
A Reserva Federal decidiu reduzir suas taxas de juros em meio ponto percentual (50 pontos base), em uma ação decisiva para apoiar a economia, assinalando a primeira redução em mais de quatro anos. Inicialmente, a decisão empurrou o mercado de ações para novos patamares históricos, com uma subida quase imediata de 1% no S&P 500. No entanto, o rally foi bastante breve. Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, alertou que o público não deveria antecipar novos cortes substanciais em um futuro próximo. Isso influenciou vários traders a “venderem as notícias”, revertendo a ascensão do S&P 500, que terminou a sessão com uma perda de 0,3%. Os analistas revelaram reações bastante díspares: alguns olharam para o corte como uma mera normalização da política monetária e não como uma resposta à crise, enquanto outros permanecem céticos sobre a necessidade de promover uma flexibilização monetária agressiva. Apesar da retração imediata no mercado, vários especialistas continuam otimistas sobre o panorama econômico a longo prazo, sugerindo que as taxas de juros menores e forte crescimento das receitas empresariais podem continuar suportando os preços elevados das ações, caso a economia permaneça estável e seja possível controlar a inflação.
Rally nos mercados globais, enquanto corte da Reserva Federal alimenta a esperança de uma “aterragem suave”
As ações internacionais apresentaram subidas após a decisão da Reserva Federal de reduzir suas taxas de juros em 50 pontos base, com a intenção de encaminhar a economia americana para uma “aterragem suave”. Os futuros do S&P 500 e Nasdaq 100 aumentaram mais de 1%, com subidas também nos mercados europeus e asiáticos. A redução das taxas de juros alimentou o otimismo sobre a capacidade da economia americana de evitar uma recessão. Em uma sondagem realizada pela Bloomberg, 75% dos participantes acreditam que a economia conseguirá impedir uma recessão técnica no próximo ano. Entretanto, o Banco de Inglaterra preservou suas taxas de juros, enquanto a Autoridade Monetária de Hong Kong seguiu os passos da FED, reduzindo suas taxas de juros para aliviar os mutuários. Commodities como o petróleo e ouro também saíram beneficiadas, enquanto o dólar enfraqueceu contra as restantes moedas principais.
S&P 500 atinge nova máxima histórica com rally no mercado antes do corte da Reserva Federal
O S&P 500 conseguiu alcançar uma nova máxima histórica na terça-feira, seu primeiro recorde em mais de dois meses, escalando 0,7% para atingir uma alta intradiária de 5670,81, ultrapassando seu recorde anterior estabelecido a 16 de julho. A valorização foi resultado da antecipação dos investidores pela redução das taxas de juros da Reserva Federal – sua primeira em mais de 4 anos – agendada para quarta-feira. Indicadores econômicos positivos, tais como a estatística de vendas no varejo pelo Departamento de Comércio dos EUA, excederam as expectativas dos analistas, atenuando o receio de uma recessão que assombrou o mercado durante o verão. No dia 19 de setembro, o S&P 500 estabeleceu uma nova máxima histórica de 5694,78. O índice Dow Jones Industrial Average também conquistou uma nova máxima intradiária de 42199,70, enquanto o Nasdaq Composite Index registrou ganhos diários de 2,19%.
Vendas no varejo dos EUA aumentam em agosto, reduzindo o medo de uma recessão após escalada para $710,8 bilhões
O US Census Bureau (Departamento do Censo dos Estados Unidos) revelou que as estimativas preliminares para o volume de vendas no setor de varejo e serviços alimentares atingiu $710,8 bilhões para agosto de 2024, refletindo um aumento de 0,1% em contraste com o mês anterior, e uma subida de 2,1% comparativamente a agosto de 2023. O crescimento estável nas despesas dos consumidores indica uma redução geral do medo associado a uma possível recessão. O número total de vendas entre junho e agosto aumentou 2,3%, comparativamente ao mesmo período do ano passado. A variação percentual entre junho e julho de 2024 foi revisada positivamente de 1,0% para 1,1%. Ocorreu um aumento de 0,1% no volume de vendas do comércio varejista em julho, com um forte crescimento interanual de 7,8% entre os comerciantes sem loja física, e uma subida de 2,7% nos serviços alimentares desde agosto de 2023.
S&P 500 aponta para novas máximas
O S&P 500 apresenta uma tendência positiva desde 5 de agosto, caracterizada por uma série de máximas e mínimas mais elevadas, suportada por um cruzamento duplo das Médias Móveis Exponenciais (EMAs) de 20 e 50 períodos, formando um padrão conhecido como “Cruz Dourada”. O cruzamento duplo das médias acabou por fortalecer e acelerar o momentum bullish, cimentando a trajetória ascendente do índice. Mesmo após uma ligeira queda, o índice recuperou para alcançar uma nova máxima histórica de 5694,78, ultrapassando seu anterior recorde de julho. O aumento foi principalmente influenciado pela decisão da Reserva Federal de reduzir suas taxas de juro em 50 pontos base, injetando uma nova onda de força no mercado.
Indicadores técnicos, incluindo as EMAs de 20 50 períodos, o Oscilador de Ímpeto (Momentum) e Índice de Força Relativa (RSI), sugerem a continuidade da tendência de alta. A EMA de curto prazo é superior à EMA de longo prazo, e os preços permanecem acima de ambas as médias, indicando força no mercado. Adicionalmente, o Oscilador de Ímpeto (Momentum) está posicionado acima dos 100, com o RSI superior ao nível de 50, confirmando também a tendência positiva. Após uma análise mais detalhada, a presença de uma divergência negativa entre o preço e o Oscilador de Momentum indica uma possível correção descendente.
Utilizando a ferramenta de Retração de Fibonacci, com base no topo (5657,68) e fundo (5385,01) do swing mais recente, conseguimos identificar dois possíveis preços-alvo: 5826,19, 6098,86 e 6540,04. Estes níveis representam possíveis metas para a tendência de alta.
Conclusão
Embora o corte da Reserva Federal tenha despertado um rally inicial, a cautela e ceticismo sobre futuras reduções das taxas de juros provou uma retração (pullback) no mercado. No entanto, os indicadores técnicos sugerem que o S&P 500 permanece em uma forte trajetória de crescimento, com potencial para apresentar aumentos adicionais, enquanto os investidores continuam otimistas sobre uma “aterragem suave” da economia norte-americana. Com a persistência da tendência atual, podem surgir oportunidades únicas de retorno enquanto os mercados quebram barreiras de preço importantes e atingem novos patamares.